quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Trailer: A Culpa é das Estrelas

A Culpa é das Estrelas ganhou trailer essa semana e é baseado no best-seller homônimo de John Green. O filme tem a previsão de estreia no dia 5 de junho no Brasil. A direção é de Josh Boone com roteiro de Scott Neustadter e Michael Weber.


O filme conta a história de Hazel (Shailene Woodley) e Gus (Ansel Elgort), dois pacientes terminais de câncer que se conhecem em um grupo de apoio para adolescentes com a doença. Ela tem 16 anos e sempre está acompanhada de um cilindro de oxigênio para seus pulmões e ele, 17 anos, tem uma prótese no lugar da perna por causa do osteosarcoma. Ambos compartilham a situação que vivem com humor e irreverência, sem grandes expectativas para o futuro.

Eles se apaixonam e juntos embarcarão numa aventura à Amsterdam para conhecer o autor favorito de Hazel e desvendar o mistério do romance escrito por tal autor. Lá eles vivem momentos inesquecíveis.

O filme conta com Shailene Woodley, Ansel Elgort, Willem Dafoe, Nat Wolff, Laura Dern, Sam Trammell, Mike Bibiglia e Emily Peachey.


segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Filme A Menina Que Roubava Livros

A Menina que Roubava Livros



Gênero: Drama
Direção: Brian Percival
Roteiro: Michael Petroni
Elenco: Sophie Nélisse, Geoffrey Rush, Emily Watson,
Ben Schnetzer e Nico Liersch.







A Menina que roubava livros é um filme que desenvolve pouco os personagens, mas que brinda o espectador com um bom elenco. O diretor Brian Percival trabalhou bem a história transmitindo  emoção, o qual prende o espectador do começo ao fim, inserido no contexto da Alemanha Nazista durante a Segunda Guerra Mundial. O roteiro adaptado de Michael Petroni traz a sensibilidade daquele período com diálogos bem elaborados.

O filme começa com um narrador misterioso, a morte, (voz de Roger Allam) que entra em cena tecendo reflexões de si mesma e nos apresentando a menina Liesel Meminger, que após a morte do irmão, é levada para viver com sua nova família: Hans Huberman e Rosa Huberman, que anos mais tarde acolhem o judeu Max Vandenburg, filho de um amigo de Hans. A chegada de Liesel impressiona o pequeno Rudy Steiner, um menino que será seu amigo e companheiro de muitas aventuras.

Liesel Meminger e Rudy Steiner

 A relação de Liesel com eles se desdobra de formas diferentes. Com Hans cria-se afeto e cumplicidade típicos de uma relação paternal. É com ele que a menina aprende ler os livros surrupiados. Geoffrey Rush incorporou bem como um homem paciente, amoroso e solidário. Já com a Rosa, a relação não é tão amistosa. Entretanto, entre elas nasce companheirismo. A atriz Emily Watson, que interpreta Rosa, teve uma atuação regular. Até tenta ser rabugenta no início mas não convence como tal. Os amigos: Rudy Steiner, papel de Nico Liersch, é a parte correspondente da infância, dos momentos de fantasia e sonhos que toda criança tem. O ator mirim teve um bom destaque e uma atuação comovente; E Max Vandenburgo, vivido por Ben Schnetzer, desperta a imaginação da menina que dá vida às palavras que ela aprendeu, as quais são um alívio para o enclausurado judeu. O rapaz não aprofundou tanto a tensão que seu personagem sofre. O momento crítico lhe favorece, mas o ator aproveitou pouco. Faltou mais emoção.

Max Vandenburg

A intérprete de Liesel, Sophie Nélisse, atua perfeitamente. Não é uma daquelas crianças prodígios que deseja ir além da capacidade. Está dentro dos limites da atuação para sua idade. Faz um ótimo trabalho com gestos e expressões faciais.

O filme mostra a situação vivida por cada um desses personagens naquele contexto, seus dramas e medos. No entanto não aprofunda muito e tudo é lançado rapidamente, embora envolva emocionalmente o espectador. Sentimos falta da ação que intitula o filme, pois isso não é tão frequente. A história gira mais em torno do clima de guerra. Até o cenário está bem detalhado com elementos nazistas retratando a Alemanha, o que deu um grande destaque a fotografia, com ruas cobertas de neves, bandeiras nazistas vermelhas nas ruas, nas estações de trem, o símbolo da suástica nos uniformes escolares, soldados em toda parte e o porão escuro alaranjado onde a população local se escondia dos ataques aéreos, revelando o tom sombrio e desesperador das pessoas. Tudo bem ilustrado para mostrar o período histórico daquela época e sua tensão, além das consequências.

Liesel, Rosa e Hans Huberman

Nem só de drama que o longa está amparado. Há bons momentos de humor que alivia a tensão e distrai o espectador, assinalando um fio de esperança em meio ao turbulento caos pelo qual todos estão passando. Como a guerra de bolas de neve de Liesel e Max com Hans e Rosa, imitações que os dois amigos (Liesel e Max) fazem do Führer entre outros. Ainda aliviando, temos a trilha sonora de John Williams (criador de trilhas sonoras clássicas como de Superman, Star Wars e Indiana Jones), embora não seja tão marcada, possui um ritmo leve e discreto, os quais estabilizam o longa.

Enfim, é um filme adaptado do best-seller homônimo de Markus Zusak que possui uma linguagem diferente da literatura, logo é uma releitura que leva a transformação para o cinema porque o tempo seria insuficiente para abarcar mais histórias e outros personagens que o best-seller traz. No entanto, é um filme que apesar do contexto triste, não chega ser tão melodramático e vale a pena assistí-lo. E aos leitores: não sejam tão fundamentalistas em querer fidelidade da obra, já que é uma ADAPTAÇÃO.

Veja fotos do filme aqui e o trailer.

quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

Parabéns Jim Carrey

Nascido no Canadá, James Eugene Carrey, conhecido como Jim Carrey completa mais um ano de vida neste 17 de janeiro. Em outubro de 2004 o ator recebeu a cidadania americana.


Nem só de comédia o astro trilhou sua carreira. Seu sucesso também veio com grandes interpretações dramáticas nas telonas. Desde criança o ator já exibia sua performance na escola divertindo aos colegas, o que levou mais tarde a se apresentar em Programas de TV e em fazer stand-up comedy. No entanto, antes de iniciar seus trabalhos públicos, Carrey e sua família tiveram que enfrentar dificuldades financeiras e começaram a trabalhar em uma fábrica em Toronto. A rotina do trabalho lhe esgotava  ao ponto de o ator dormir na sala de aula, quando adolescente.

Quando tudo pareceu melhorar para o seu lado, Jim Carrey foi tentar a sorte em Los Angeles e começou a trabalhar na The Comedy Store, onde foi notado pelo comediante Rodney Dangerfield, que contratou o jovem comediante para abrir os shows de sua turnê. A partir daí o ator voltou suas atenções para a indústria do cinema e da televisão.

Sua carreira no cinema iniciou em 1981, no filme "Rubberface". Quatro anos após ganhou papel principal na comédia negra "Once Bitten" (Procura-se um Rapaz Virgem), ainda sem alcançar grande sucesso. Mas foi o ano de 1994 que marcou sua carreira com três filmes principais: "Ace Ventura - Um Detetive Diferente", "O Máskara" e "Debi & Lóide - Dois Idiotas em Apuro".  












Em 1995 interpretou o "Charada" ou Riddler no filme "Batman Forever" (Batman Eternamente). E voltou a encarnar Ace Ventura em "Ace Ventura: Um maluco na África", apesar da primeira sequência ter recebido péssimas críticas e nomeação de Framboesa de Ouro para pior ator revelação.

Ainda inserido no gênero comédia, o ator atuou em "O Pentelho" e "O Mentiroso". Sua oportunidade de mostrar seu lado dramático foi com o filme "O Show de Truman", que lhe rendeu seu primeiro Globo de Ouro. E esteve em outros como "O Mundo de Andy", "Cine Majestic" e "Brilho Eterno De Uma Mente Sem Lembranças" com Kate Winslet e até mesmo no suspense "Número 23".

Cena do filme "O Show de Truman" em que o personagem tem sua vida monitorada por câmeras de TV

Em 2000, o astro retorna ao mundo das comédia com o filme "Eu, Eu mesmo e Irene" junto com Renée Zellweger, a qual conheceu durante as filmagens e teve um relacionamento. O longa foi um sucesso de bilheteria, arrecadando 24 milhões de dólares no seu primeiro fim de semana em cartaz e 90 milhões em toda sua carreira nos EUA. O sucesso se repete em 2003 com o "O Todo Poderoso" (Bruce Almighty), que arrecadou mais de 242 milhões de dólares nos EUA e mais de 458 milhões em todo o mundo, tornando-se a segunda comédia de ação real em mais dinheiro embolsado para sempre.

Outros como "O Grinch", "Sim Senhor!", "O Golpista do Ano" e "Os Pinguins do Papai" também lhe renderam sucessos em sua carreira.

Cena do filme "O Golpista do Ano" com a participação de Rodrigo Santoro

A sua influência mais óbvia é Jerry Lewis. Mas Jim Carrey sempre foi fã de James Stewart e dos cômicos Peter Sellers e Dick Van Dyke. E no cinema atual, adora Robin Williams. 

No quesito relacionamentos, o astro já foi casado duas vezes: primeiro com Melissa Womer, com a qual teve a filha Jane. Depois casou-se com a atriz Lauren Holly, um casamento que durou menos de um ano. Teve romances com a cantora Linda Ronstadt e com as atrizes Ashley Judd e Renée Zellwegger. Entre 2005 e 2010 namorou a atriz Jenny McCarthy.

segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Os Reis de The Hollow Crown


A série de telefilmes The Hollow Crown é uma adaptação da obra de Willian Shakespeare para a TV que apresenta a história e trajetória de 3 reis da Inglaterra: Ricardo II, Henrique IV e Henrique V. Produzida por Sam Mendes (Beleza Americana), a série de 4 episódios com mais ou menos 2 horas de duração, teve o apoio da BBC2 e da Universal, contando com um grande elenco.

O primeiro episódio inicia com Ricardo II, interpretado pelo ator Ben Whishaw que grandiosamente dá um show de interpretação com perfeição e maestria. Sua história começa no ano de 1399 com o monarca decidindo uma disputa entre seu primo Henry Bolingbroke (Rory Kinnear) e Thomas Mowbray (James Purefoy), com posterior expulsão e confisco de bens e terras de ambos. A atitude de Ricardo II é resultado da sugestão de seus conselheiros para levantar fundos ao seu reinado.


Henry retorna para reclamar seus direitos no momento em que Ricardo se ausentara do reino por causa da Guerra na Irlanda. Mas ao retornar da guerra, o monarca é informado do ocorrido e se desespera com um discurso um tanto poético e dramático.

Ricardo II encara sua sorte: rende-se, humilhado é deposto do trono e é sucedido por seu primo assistindo a coroação do novo monarca sob o título de Henrique IV. A cena da coroação possui uma carga dramática muito forte, mas não por causa do novo rei cuja expressividade é rasa ou mesmo ausente para um conquistador que veio tomar posse pelo que é seu de direito. E sim pelo próprio Ben Whishaw que mesmo perdendo o trono não perdeu a majestade com um discurso martirizado e  despido de luxo que antes lhe era característico. Seu choro e agonia marca a derrota de um soberano, o qual é levado à prisão onde é mais uma vez humilhado finalizando com sua morte arquitetada por um traidor chamado Aumerle. Esse é o triste fim de Ricardo II.

O 2º e 3º episódios tratam do reinado de Henrique IV já idoso e interpretado dessa vez por Jeremy Irons. Muda o ator, mas a inexpressividade continua, claro que um pouco menos. 


Sem ostentação como o seu antecessor, o soberano se preocupa com o herdeiro do trono, vivido por Tom Hiddleston (o eterno Loki de os Vingadores e Thor) que é um jovem propenso às farras, vivendo em tabernas, sempre bêbado e debochando de seu pai com seus companheiros, entre eles o velho Falstaff.

Henrique IV lamenta por seu filho não ser responsável e bravo como o conquistador Percy, um jovem arrogante que se enfurece facilmente com o rei quando este não dá tanto crédito ao seus feitos. Diante dessa situação, Percy começa a tramar contra o rei transformando-se em um traidor com sede de vingança.

Na iminência de uma guerra, Henrique IV repreende seu filho que sempre está alheio ao que acontece e conta o que está por vir. Tal atitude dá certo e o jovem Henrique recruta homens para guerrear com ele e seu pai.


Indo ao 3ª episódio, o jovem Henrique começa a se distanciar dos companheiros e se dá conta que eles não são seus amigos de verdade. Tom Hiddleston ganha um grande destaque nos 3 últimos episódios. Sua interpretação possui contornos variados que vai desde um fanfarrão, soberano responsável e até um cavalheiro romântico desajeitado.

Neste episódio, Henrique IV está com a saúde bem debilitada culminando em sua morte. Então o jovem assume a coroa como Henrique V deixando de lado a vida mundana e revestindo-se com total autoridade. Henrique V condena os trapaceiros, desfaz de vez suas antigas amizades e mantém ordem no reino surpreendo a todos, até mesmo o velho Falstaff que pensou em obter vantagens com o jovem agora monarca. No entanto, percebe que o jovem já não é mais aquele irresponsável de antes, pois está revestido de autoridade e respeito.


O 4º e último episódio é mais agitado com ação, romance e um toque final triste. Encerrando a série, Tom Hiddleston só confirmou o que tem mostrado nos episódios anteriores: talento. O seu reinado foi curto e excelente. Surpreendeu a todos, pois de irresponsável agora é um homem sério dotado de justiça, simplicidade e fidelidade ao povo com bons princípios e temente a Deus. Em troca de sua forma de governar o reino, ele recebe do povo, do clero e dos nobres, respeito e lealdade dos súditos que o cercam.

O novo soberano conhece bem as necessidades do povo e os problemas que afetam o reino, uma vez que durante sua vida desregrada conheceu de perto as mazelas que sempre assolou a população. Entretanto, suas pretensões políticas ainda são mal vistas com descrédito por outros monarcas (inclusive pela França) que debocham dele devido à fama que adquirira no passado. Tal fato faz com que Henrique V seja levado a guerra contra a França.

Para enfrentar esta batalha, o soberano escuta os seus conselheiros e com um bom contingente avança para o confronto. No entanto, durante a guerra sua tropa é reduzida e os poucos que lhe restam já estão desanimados e sem condições físicas. É aí que a humildade personificada entra em cena na figura de Henrique que disfarçado conversa com cada soldado encorajando-os para enfrentar a difícil missão. E na manhã do dia de São Crispim, o rei se prostra a Deus para dedicar-Lhe sua vitória numa súplica humilde e faz um discurso encorajador para despertar ânimo em seus homens marcados pelo esgotamento físico.













Tropa reduzida, mas batalha ganha conhecida como batalha de Azincourt. Henrique V com boas estratégias vence a guerra contra a França e entra no país com seus súditos apaziguando o povo local e assumindo o trono francês mediante ao tratado assinado com o rei CarlosVI da França e também através do casamento com a princesa Catarina de Valois.

A cena de Henrique se apresentando à princesa é engraçada e romântica, pois com idiomas diferentes eles tentam estabelecer um diálogo. Claro, que a dama de companhia de Catarina auxilia ambos, já que ela sabe um pouco de inglês, mas mesmo assim não deixa de cair na graça. É um dos momentos tranquilos e um boa chance de ver o lado romântico no nobre inglês se declarando a jovem princesa que tímida parece que suspira só de olhar nos olhos azuis cintilantes de Henrique V.

 “Oh, Kate, os costumes se curvam aos grandes reis!”

Enfim, é uma tele-série de grandíssima qualidade e que dá uma base de como foi a monarquia britânica em seu contexto na figura desses três soberanos imortalizados na obra de Shakespeare. A linguagem e o diálogo em si é bem complexo (porém compreensível) e rebuscado, poético precisamente, mas é uma obra prima de deixar o telespectador boquiaberto pela beleza de cenários, figurinos e grandes interpretações.

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sábado, 4 de janeiro de 2014

Filme Questão de Tempo




Gênero: Drama, Comédia e Romance.
Direção: Richard Curtis
Roteiro: Richard Curtis
Elenco: Domhnall Gleeson, Rachel McAdams, Bill Nighy, Lydia Wilson, Lindsay Duncan, Richard Cordery, Joshua McGuire, Tom Hollander, Margot Robbie, Will Merrick.






O diretor e roteirista neozelandês Richard Curtis mais uma vez mostrou em Questão de Tempo sua forma intimista de trabalhar com as emoções humanas em meio as suas habilidades próprias de tornar uma história cativante para o público. Seus trabalhos anteriores como roteirista em Simplesmente Amor, Quatro Casamentos e Um Funeral, O Diário de Bridget Jones e Um Lugar Chamado Notting Hill mostram essa fórmula de tratar histórias românticas com pitadas de humor e drama, aliado a uma fotografia do ambiente elegante inglês sem pretensões. Os diálogos também têm suas características próprias, são simples, mas divertidos e boa parte conduzem à reflexão.

Questão de Tempo tem tudo e mais um pouco do que foi dito, talvez seja uma das melhores produções de Curtis evidenciando o quão é impossível não se prender a história. No longa, o tímido Tim (Domhnall Gleeson) que acabara de completar 21 anos é informado pelo seu pai (o brilhante Bill Nighy) que todos os homens da família têm a capacidade de viajar no tempo. Basta entrar num armário ou em outro local escuro, pensar no momento do tempo para qual quer voltar e cerrar os punhos que em seguida estará no tal lugar. Porém, não se pode voltar a um passado que não viveu nem avançar ao futuro. 


Cético, Tim resolve tentar, entra em seu guarda-roupa e revive um momento – a festa de réveillon ocorrida dias antes em sua casa - cena que é reprisada para o espectador. Então o rapaz desajeitado aproveita o replay para corrigir alguns "erros" cometidos antes, como não esbarrar uma mesa de bebidas e não deixar uma garota no vácuo na hora do "Feliz Ano Novo".

A partir daí, Tim percebe que viajar no tempo pode ajudá-lo no amor, uma vez que é neste âmbito que o bom moço nunca teve sorte. O vai e vem no tempo traz cenas divertidas figurado centralmente em Tim que é um tanto atrapalhado. No filme, vemos que inicialmente seu amor está na família, sobretudo na sua irmã excêntrica Kit Kat (Lydia Wilson) e na simplicidade da vida. Aliás, cada personagem é bem construído na trama. No núcleo família cada um tem sua peculiaridade: a passiva mãe Mary Lake (Lindsay Duncan), o pai, já citado, é apaixonado pelos filhos e aproveita o tempo que ganha com tais viagens para ler e o tio Desmond (Richard Cordery) com problemas mentais e muito querido por toda família. Em um dos acontecimentos da trama, sua fala surpreende o espectador.














Domhnall Gleeson, intérprete do protagonista, consegue emplacar muito bem o personagem com o jeito tímido, ótimas falas e de porte bem apessoado. Longe de ser galã, o ator imprime uma empatia tão perfeita que provavelmente arrancará suspiros de qualquer fangirls. Não será de admirar quem lhe alcunhar de "fofo".

Distante da família, Tim vai morar em Londres com um amigo de seu pai, o dramaturgo louco Harry (Tom Hollander), já que é neste lugar que ele inicia sua carreira como advogado, faz amizade também com Rory (Joshua McGuire) e se apaixona por Mary (Rachel McAdams), mulher que através dessas viagens ao passado ele a conquistará.

Mary seria interpretado por Zooey Deschanel, em última hora a talentosa Rachel McAdams assumiu  posto muito bem fechando com Domhnall o casal perfeito para o longa. Entende-se perfeito, aquele casal que não só tem química, mas que está longe de clichês Hollywoodiano de beleza e glamour. Está perto de profundidade e simpatia. Não vemos também aquele romantismo açucarado. Tudo está na medida certa.


O longa dá impressão que tudo o que Tim desejou na vida dá certo até demais, mesmo aquilo que parece ser terrível em sua vida, tem solução. Mas é aí que o espectador é pegado de jeito, pois vemos que modificar trechos da vida pelo bem próprio e até pela família, pode trazer sérias consequências, então Tim se depara com escolhas difíceis e um grande dilema.

O filme usa o tom sentimental forte que emociona o público tocando profundamente na questão do tempo. As cenas que retratam momentos desfrutados, sem ser melosas, ensinam basicamente que o importante não é reviver o passado, mas sim viver o presente para que seja uma linda recordação. O filme finaliza como "a vida continua" basta saber desfrutá-la e proporciona várias reflexões sobre a relação com a família, amorosa e com a vida.

Richard Curtis superou com Questão de Tempo. Quem não assistiu, corra pra ver e se emocione:



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